quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Mulheres mal informadas.


As mulheres que sofrem violência doméstica hoje, são mulheres com baixo nivel de escolaridade. Muitas ainda nem terminaram o 1º grau do ensino fundamental.

Estudando ou não, as mulheres, principalmente as da zona rural, já sabem das problemáticas de casar cedo.

Quando a pessoa está estudando a um certo tempo, ela já está informada do que vai acontecer (no caso de violência doméstica), já sabe quais as atitudes que podem tomar diante do que esta acontecendo.

Dados mostram que 37% das mulheres que vivem na zona rural sofrem violência física e sexual de seus parceiros, enquanto que na cidade, apenas 29%.

E das mulheres que vivem na zona rural do País, 5% são agredidas por não cumprirem as tarefas domésticas, 10% por desobedecerem ao marido, 30% por infidelidade e 65% porque seus parceiros são agressivos e controladores.

Já nas cidades, 80% das mulheres apanham ou são violentadas sexualmente porque os maridos têm comportamento violento, 10% por infidelidade e cerca de 1% por desobediência ou por não fazerem os trabalhos domésticos.

Então o que podemos ver com essa pesquisas são que todas essas mulheres rurais são sem informações, e assim indefesas, por que não tem informações do que elas podem fazer ou o que pode ser feito.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Maria Maria Cidadania - A primeira ação do ano


Maria Maria é um projeto que visa o desenvolvimento político das mulheres que vivem nas periferias do Brasil. Ousado ou não, esse é o objetivo de mais uma ação da Rede Cufa – Central Única das Favelas.


A proposta é não estabelecer conceitos e fórmulas acabadas para esse desenvolvimento político, pautando nossas ações na troca de experiências entre a comunidade e a Cufa.

Para 2008, além do lançamento nacional, previsto para março, o Núcleo Maria Maria já começa a fazer parcerias no sentido de viabilização de seus projetos tendo como parceira a SEPPIR - Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial.


O projeto Maria Maria Cidadania será a primeira ação social do ano e tem por objetivo o protagonismo social da mulher da periferia. Nega Gizza, que é a conselheira nacional do Núcleo, lembra que as mulheres devem incentivar uma as outras e criar as suas oportunidades. As atividades estão previstas para começar logo depois do lançamento nacional.

Para mais informações, acessem:
www.maria-mariamt@blogspot.com e www.cufamt.org.br

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

A mulher...

A mulher não é apenas uma mulher qualquer
Ela é mãe que dá a vida á ser humanos que tem
um bom futuro pela frente.
Que chora junto com os filhos se for preciso,
Que ri junto com todos... Enfim a mulher
Que domina o coração de todos...
A mulher que luta pela beleza da nossa natureza, que
Vive a beleza das flores, que é uma flor...
A mulher também pode ser uma professora que com toda a sua paciência
A professora que ensina a desenhar as letrinhas ate desenhar uma casa, ou ate uma arvore... ou ate mais!
Enfim a mulher pode ser de varias idades e etnias, mais ela está sempre ali conquistando o coração de todos, sempre fazendo com as pessoas vejam elas de outras formas, com outros olhos...
A mulher sempre vai ser essa que te conquista apenas com seu olhar de guerreira e que tem fé que com esse olhar e jeitinho meigo, ela vai te conquistar de qualquer forma.
A mulher sempre vai ser a que te abraça quando você precisar, que vai te ouvir quando estiver com problemas, sempre quando os homens precisam se desabafar eles sempre correm atrás das mulheres. Por que somente elas que vão saber ouvir e dizer a palavra certa em certos tipos de situações e ocasiões.
A mulher sempre vai ser a... MULHER

LANÇAMENTO DO NUCLEO MARIA MARIA - SUCESSO TOTAL


A primeira ação do Núcleo de Projetos Maria Maria foi um sucesso de público e e reultados!!

Depois de vários dias de espera, de Sinop recebeu com muito carinho, Mv Bill e Nega Gizza para o Lançamento do livro Falcão Mulheres e o Tráfico, e do Núcleo de Projetos Maria Maria.
Mesmo debaixo de muita chuva, mais de 200 pessoas compareceram no evento realizado na escola Rosa dos Ventos, que fica na periferia de Sinop.


Foi montada uma mesa, a qual estavam presentes, além de Nega Gizza, conselheira nacional do Maria Maria, e MV Bill um dos escritores do livro, ambos coordenadores da Cufa do Rio de Janeiro, o representante da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (SEPPIR), Antonio Pinto (Toninho), e é claro os coordenadores de CUFA Cuiabá e Sinop, Karina Santiago e Anderson Maciel respectivamente.

Organizações como Conexões dos Saberes da UFMT, MIN Movimento de Inteligência Negra de Cuiabá e a Associação de Moradores do Bairro Palmeiras, fizeram perguntas referentes às políticas de igualdade racial e também sobre o livro, contribuindo de maneira efetiva no debate.

Alunos das oficinas de Break realizadas pela Cufa Sinop fizeram uma brilhante apresentação, assim com a Rapper Taynara, que é instrutora de break e Mc. Taynara compôs uma letra falando sobre o Maria Maria, que agitou a galera.

O livro, escrito por Celso Athayde e Mv Bill, vem mostrando a realidade vivida por mulheres de várias regiões do país no universo do tráfico de drogas, que vivem em uma nova ordem moral, a qual Celso e Bill tentam mostrar para o Brasil.

A situação da mulher em Mato Grosso não se diferencia das mulheres de outras regiões. O Núcleo vem na estratégia de enfrentamento dessas questões, sem fórmulas prontas e acabadas como ressalta Nega Gizza. Mas sim na troca de experiências visando o aumento da qualidade de vida das mulheres das periferias brasileiras.





terça-feira, 18 de dezembro de 2007

MARIA MARIA EM AÇÃO

Hoje dia 18/12/2007, estará acontecendo o lançamento do Projeto Maria Maria, em Sinop ás 20:00h; na escola Estadual Rosa dos Ventos. As principais participações são de MV Bill e Nega Gizza, até por que eles são fundadores da CUFA. E também vai ser lançado o livro "Falcão e Mulheres do Tráfico", escrito por MV Bill e Celso Athayde.
Estará saindo um ônibus com 42 militantes da cultura negra, CUFA, conexão dos saberes - UFMT, e simpatizastes da causa.
Logo mais postaremos fotos sobre o evento.
Aguarde...

sábado, 15 de dezembro de 2007

Mulheres fracas, mulheres fortes...

Não importa.
Mulheres mostram que mesmo através da fragilidade.
São fortes o bastante para erguerem sempre cabeça
Sem desistir, pois sabemos que somos capazes de vencer.

Temos a delicadeza das flores
A força de ser mãe,
O carinho de ser esposa,
Reciprocidade de ser amiga,
A paixão de ser amante,
E o amor por ser mulher!

Somos fêmeas guerreiras, vencedoras,
Somos sempre o tema de um poema
Distribuímos paixão, meiguice, força, carinho, amor.

Somos um pouco de tudo
Calmas, agitadas, lentas!
Vaidosas, charmosas, turbulentas.

Mulheres fortes e lutadoras.
Mulheres conquistadoras
Que amam e querem ser amadas
Elegantes e repletas de inteligência

Com paciência
O mundo soube conquistar.
Mulheres duras, fracas.
Mulheres de todas raças
Mulheres guerreiras
Mulheres sem fronteiras


Mulheres... Mulheres...

Mulheres...

Não importa.

Mulheres mostram que mesmo através da fragilidade.

São fortes o bastante para erguerem sempre cabeça

Sem desistir, pois sabemos que somos capazes de vencer.



Temos a delicadeza das flores

A força de ser mãe,

O carinho de ser esposa,

Reciprocidade de ser amiga,

A paixão de ser amante,

E o amor por ser mulher!



Somos fêmeas guerreiras, vencedoras,

Somos sempre o tema de um poema

Distribuímos paixão, meiguice, força, carinho, amor.



Somos um pouco de tudo

Calmas, agitadas, lentas!

Vaidosas, charmosas, turbulentas.



Mulheres fortes e lutadoras.

Mulheres conquistadoras

Que amam e querem ser amadas

Elegantes e repletas de inteligência



Com paciência

O mundo soube conquistar.

Mulheres duras, fracas.

Mulheres de todas raças

Mulheres guerreiras

Mulheres sem fronteiras

Mulheres... Mulheres...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

VAMOS FALAR UM POUCO DOS NOSSOS DIREITOS

Para dar começo a esse informativo, nós temos que saber um pouco mais sobre como e o que fazer quando formos agredidas por alguém, incluindo marido, namorado ou conhecido. Se um dia que uma mulher for agredida por um homem na rua ou em casa (violência doméstica), a primeira coisa que ela tem que fazer é ir atrás de um posto policial mais perto de sua casa, ou ligar.

E se você é vizinha ou vizinho de alguém que sofre agressões em casa com freqüência, você tem que ajudar essa pessoa. Se até hoje ela não procurou nenhum direito, é por que ela tem medo, ou ele (o agressor) a ameaça (violência psicológica).

Só não podemos deixa passar, por que agressão contra mulher é crime, e temos que denunciar.

O homem tem que ser preso por agressões contra mulher. E não deve ficar somente 3 anos não, temos que lutar para que isso acabe, e a pena aumente. Não podemos mais continuar com essa violência no nosso Brasil, e nós sabendo que um dia isso pode estar acontecendo conosco, e ainda ficarmos de braços cruzados.

Temos que lutar a favor dos nossos direitos.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

A MULHER VALORIZADA HOJE

Para que a mulher tenha uma vida tranqüila, boa e sem conflitos com o seu casamento ou dentro de casa com seus filhos.

A mulher precisa se encher de atividades legais e atividades que não a façam ficarem cansativa. A mulher primeiramente para ela ser feliz, ela tem que estar feliz com ela mesma.

Hoje em dia os dados que saem em jornais, TV, jornais impressos, sites e outros lugares são:


ASSASSINATO.......................................................83
TENTATIVA DE ASSASSINATO............................103
AMEAÇA.................................................................5,539 MIL
LESAO CORPORAL...............................................2,123 MIL
ROUBO...................................................................753


... E POR AI VAI ...


Essas são as noticias quem todos vêem.

Para que esse gráfico mude, precisamos nos juntar e pensar em uma coisa boa para que ajude a nós e principalmente a nossa sociedade, a nossa sociedade sofre muitos conflitos, incluindo dificuldades em estruturas e a falta de segurança que não temos.
Mais se nós pensarmos podemos melhorar tudo isso, fazendo projetos, eventos e oficinas que podemos não acabar totalmente com essa situação mais sim diminuir muito mais (mais tudo isso com a nossa união).



segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Sistema penitenciário brasileiro é concebido sob a ótica masculina




O recente fato ocorrido no município de Abaetetuba (PA), onde uma garota de 15 anos ficou detida durante três semanas em uma cela com 20 homens, trouxe à tona a discussão sobre os descasos enfrentados pelas mulheres que cumprem pena no sistema penitenciário brasileiro.




Em entrevista à Radioagência NP, a coordenadora nacional da Pastoral Carcerária, Heidi An Cerneka, explica como a estrutura carcerária e penitenciária brasileira é concebida dentro de uma ótica masculina que não tem espaço para o cumprimento de pena por pessoas do sexo feminino.




Radioagência NP: Que razões explicam o problema de falta de infra-estrutura para abrigar mulheres que cumprem pena no Brasil?


Heidi An Cerneka: A população prisional feminina em muitos dos estados é baixa. Então eles [governantes] nunca pensaram na mulher detida. Muitos estados têm uma penitenciária só, é por isso que muitas mulheres ficam em delegacias. E mesmo assim, as penitenciárias sempre são em antigos conventos, colégios, unidades [penitenciárias] masculinas e unidades para adolescentes infratores. Nunca são construídas penitenciárias pensando na mulher.




RNP: Então mesmo essas penitenciárias femininas não possuem espaços especificamente projetados para mulheres como berçários ou creches?


HAC: Não existe lugar para berçário, para creche. São poucos estados que têm isso. Rio de Janeiro tem, mas o local não é muito adequado. As últimas pessoas que fizeram uma visita neste local disseram que tinha insetos no berçário e o número de detentas era tão alto que tinha mulheres dormindo no chão.


RNP: Qual a sua avaliação sobre o grande número de mulheres que ficam detidas em delegacias?HAC: O que importa não é tirar todas as mulheres de delegacias, porque nesses estados em que não há uma população [carcerária] grande, elas acabam indo [transferidas] para um lugar [penitenciária] muito distante da família. Ela tem é que ficar em lugar que garanta a segurança dela, em cela separada e para que se tenha um mínimo de dignidade, é indispensável que esses lugares tenham carcereiras femininas.




RNP: Há um número enorme de queixas sobre as dificuldades no cumprimento de cuidados voltados especificamente para o público feminino como a realização de exames de pré-natal das mulheres grávidas. O que você tem dizer sobre isso?


HAC: A questão de pré-natal é uma preocupação grande. Um problema que existe no país inteiro é a questão da escolta policial para consulta. Elas perdem sete de cada dez consultas por falta de escolta. Imagina uma situação onde tem uma pessoa com audiência no fórum, uma pessoa com um problema grave de saúde e uma pessoa que tem uma consulta marcada de pré-natal e tudo isso com apenas uma escolta? Com certeza o pré-natal não vai. Já acompanhamos mulheres que deram à luz na penitenciária porque também não conseguiram chegar ao hospital.




RNP: Fale sobre as dificuldades enfrentadas pelas mulheres para arranjar emprego depois que saem da prisão.HAC: É muito difícil. O Censo Penitenciário de São Paulo mostra que 86% das mulheres detidas têm filhos. Então elas saem da cadeia e também vão reassumir seus filhos. É difícil correr atrás de trabalho. Eu estou acompanhando uma moça que estava no quarto ano de psicologia na universidade quando foi presa. Ela falou que consegue passar em todos os testes quando procura emprego, mas assim que eles sabem que ela possui antecedente criminal, eles falam que ela não precisa voltar. É preciso programas para as pessoas que saem da prisão, programas que deveriam ser focados na questão econômica.




São Paulo, da Radioagência NP, Juliano Domingues.04/12/07



ilustração extraída de www.drooker.com

HOMENS CONTRA O MACHISMO


A luta contra o machismo foi um dos temas discutidos no ato público ocorrido nesta quinta-feira (06), e que marcou o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. A mobilização ocorreu na capital pernambucana, Recife (PE).

Os freqüentadores e os comerciantes presentes no local, receberam orientações e panfletos educativos sobre a Lei Maria da Penha, que pune a violência contra a mulher.

Segundo o integrante da Organização Não Governamental (ONG), Instituto Papai, Benedito Medrado, o ato procurou conscientizar a população de que a luta pelo fim das várias agressões sofridas pelas mulheres não é uma causa apenas feminina.

“A primeira coisa que a gente pensou [queria] é falar que existem homens que são contra a violência contra a mulher e que estão mobilizando-se publicamente para poder falar sobre isso.”Benedito afirma que os homens são vítimas do seu próprio machismo, já que este tipo de comportamento está relacionado com a violência e doenças das quais pessoas do sexo masculino são vítimas.

Ele ainda ressalta que a violência contra a mulher diminuiu, mas que a Lei Maria da Penha ainda precisa ser efetivamente implantada, principalmente nas cidades do interior do Brasil.

São Paulo, Radioagência NP, Juliano Domingues.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

RODA DE CONVERSAS - MARIA MARIA E NEGA GIZZA




Após sair do período de recuperação pós-gravidez e da produção do Hutúz,Nega Gizza vai tomando fôlego e se preparando para dar novos rumos ao seu trabalho em 2008.


A maior referência feminina da CUFA, vem a Mato Grosso no dia 18/12 para o lançamento do livro Falcão - Mulheres e o Tráfico, evento realizado pela Cufa MT.


Nós do Núcleo de Projetos Maria Maria nos antecipamos e conversamos com a Gizza.


Na entrevista, ela fala da relação positiva das mulheres e a Cufa, sobre o Maria Maria e aponta, ou melhor não aponta estratégias da promoção da igualde de gênero. Afirma que nós mulheres devemos nos incentivar, e criar as nossas opotunidades. Gizza ressalta ainda a importância do papel feminino na política e sobre a Lei Maria da Penha.


Confira a entrevista realizada hoje (07/12).


Maria Maria - Cufa e as mulheres: onde estão os pontos de encontro?
Gizza - Desde o inicio da Cufa, trabalhamos com mulheres atuando em diversas áreas.São mulheres desenvolvendo e articulando projetos, trabalhando na produção junto com os homens, e hoje, liderando várias bases da Cufa por todo o Brasil. Não apenas falamos da importância das mulheres dentro de todo o processo, mas de fato o praticamos. Temos uma tendência de aumentar o numero de mulheres se organizando, com novas responsabilidades dentro da Cufa.


Maria Maria - Gizza, o que é o Maria Maria pra você?
Gizza - Esse núcleo de projetos é o que na verdade a gente faz no nosso cotidiano, mas que vai além. È um programa liderado por e que beneficia as mulheres das comunidades carentes, seja ela mulher criança, adolescente ou adulta. Não fica apenas no âmbito da lei Maria da Penha, trabalha diversas questões relacionadas ao universo feminino, como saúde, lazer, profissional, educação, afinal a questão das mulheres não gira em torno, apenas da violência. De fato, queremos trabalhar no enfrentamento da violência, fazer valer a lei, mas o Maria Maria é mais do que estamos visualizando, é apenas o inicio de toda uma caminhada. Mais importante do que sugerir soluções é apontar o caminho.È protagonismo.

Maria Maria - Por falar em Maria da Penha, assunto que esta na boca do povo, você acha que de fato, políticas públicas como essas contemplam as mulheres da favela? Qual seria a solução para essas mulheres?
Gizza - Existem leis dentro da favela que funcionam e outras que não. A Lei Maria da Penha, apesar de ter mais de um ano, é ainda nova. Ainda não dá pra dizer se ela funciona ou não. Mas é uma lei, e é também papel nosso, fazer com que ela seja efetivada. Existem coisas absurdas acontecendo nas favelas, e por isso deveriam ser criadas leis com o olhar específico voltado para a favela, para as pessoas das favelas. È uma outra realidade que talvez as pessoas não se atentem para isso.

Maria Maria - Hoje a Ministra Ellen Greice do Supremo Tribunal de Justiça é a maior referência feminina da política do país. Mas as mulheres na política ainda são poucas. Como você analisa esse fato? Como a Cufa pode contribuir para esse protagonismo feminino no universo da política?
Gizza - Como? De várias formas. O grande lance é incluir as mulheres em áreas fundamentais, criar oportunidades, nós mulheres devemos criar essas oportunidades.Incentivar umas as outras, mostrar o que estamos fazendo, de forma estamos nos organizando. Eu me sinto cada vez mais entusiasmada quando vejo uma mulher fazendo algo de bom, de produtivo. Da mais força para continuar. Devemos nos envolver, só que não sei qual é formato disso tudo. Vamos construir juntas as estratégias. A mulher que é líder comunitária, por exemplo, já esta exercendo a política. A mulher que é sindica do prédio também, mas vamos ampliar isso, tornado-as uma deputada, uma administradora de um grande negócio e por ai vai. È exercer a prática do poder. Nós na Cufa estamos tentando, do nosso jeito, fazer mudanças, valorizar as diferenças.Valorizar a importância de cada mulher na sociedade.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

HOMOFOBIA DEVE SER CONSIDERADA CRIME?


Jovem espancado no Rio de Janeiro retoma a discussão sobre a criminalização da homofobia.


Ferrucio Arantes de 19 anos, foi espancado por jovens de classe média, apenas por ser homossexual assumido.


Três rapazes, com idade entre 18 e 25 anos, o abordaram e gritaram: Não queremos veados na nossa área. Ferruccio ainda correu cerca de 400 metros e escondeu-se no banheiro de um posto de gasolina na Avenida Visconde do Rio Branco, em frente ao Clube Canto do Rio, mas acabou sendo alcançado.


A pergunta é:


Violência contra homossexual deve ser considerada crime, tal como a violência contra a mulher?
De fato, a necessidade de uma lei para punir a intolerância a diversidade sexual, já pode ser considerada um regresso. Mas é fato também que casos como esse, vem acontecendo diarimante a muitos anos.


Logo, poder público e sociedade civil organizada, podem e devem tomar decisões, nas quais a diversidade sexual e os direitos humanos sejam plenas.


A CUFA, se insere no contexto da diversidade sexual e até tem um projeto para lançar um grupo de Rap Gay. Confira no http://www.cufa.org.br/

AS ATIVIDADES DA MULHER


A mulher precisa usar e fazer o seu papel, a mulher só para começar, ela precisa conhecer o seu papel!
Como conhecer o seu papel?
Buscando em vários lugares, várias atividades para que não caia na rotina de ficar somente dentro de casa, não só para a mulher mais sim para a família toda.
A mulher para não lutar sozinha pelos seus direitos, ela precisa incentivar e divulgar o trabalho dela na comunidade.

Ela precisa se juntar com outras mulheres de sua comunidade, que querem o mesmo que ela, mais se ela não achar quem queira e esteja com vontade, ela precisa insistir bastante, para que o grupo dela seja bem forte!

Também ela não precisa ficar somente em lutas sem ter ao menos noção do que ela quer então para isso ela precisa fazer um curso de “orientação jurídica”.
E com isso a mulher que é bem casada, ela precisa levar o seu marido junto, para ele fazer algo, como ler um livro que fale a respeito da mulher.

Se todos fizerem à mesma coisa, a violência contra a mulher finalmente vai acabar
.
Este é um poema de Jesieli Silva, 17 anos, membro da CUFA MT

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

MV Bill lança em Mato Grosso livro sobre mulheres e o tráfico de drogas


O rapper MV Bill volta a Mato Grosso no dia 18 de dezembro para lançar o livro "Falcão – mulheres e o tráfico", que relata a realidade das mulheres envolvidas com o tráfico de drogas em várias partes do Brasil.


O lançamento,que acontece em Sinop, às 20 horas, contará com a presença do parceiro deBill, o produtor Celso Athayde, e da rapper e locutora de rádio Negga Gizza,do Rio de Janeiro.


Os artistas participarão também de uma mesa-redonda com o tema "Mulheres das periferias de Mato Grosso e as diversas formas de violência", que será acompanhada por lideranças de bairro, representantes de ONGs e do poder público.


A entrada é gratuita.

Mais informações: 3023-8072.


Assessoria de Imprensa

Neusa Baptista – 6664 1984/92260944

Fernanda Quevedo - 3023-8072/99599554

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Mulher, negra, mãe, rapper, ativista e empreendedora social - Negra Gizza : uma Negra em constante Movimentação.






Negga Gizza, uma das fundadoras da CUFA, fala sobre o seu envolvimento e os projetos que estão em andamento.




Em entrevista concedida ao Núcleo de Comunicação da CUFA do Rio de Janeiro, a rapper fala do seu envolvimento com a Cufa, sobre a criação de oportunidades para jovens e a aproximação destes por meio da cultura, estratégias de enfrentamento do preconceito, e também sobre educação.


Explica como é participação dos jovens no Prêmio Hutúz,maior prêmio concedido aos talentos do Hip Hop na América Latina.




No dia 18/12/2007, ela estará em Mato Grosso, mais precisamente em Sinop, no lançamento do livro de Celso Athayde e MV BIll, "Falcão - Mulheres e o Tráfico".






Confira a entrevista na íntegra.






A Central Única das Favelas (Cufa) surgiu em 1998 com reuniões de jovens de várias favelas do Rio de Janeiro, que pertenciam ao movimento hip hop e buscavam espaço na cidade para expressar suas atitudes, questionamentos ou simplesmente sua vontade de viver.


Tornou-se uma organização nacional que trabalha por um ideal: transformar as favelas, seus talentos e potenciais diante de uma sociedade onde os preconceitos de cor, de classe social e de origem ainda não foram superados.


Hoje, a Cufa funciona como um pólo de produção cultural, que forma, e informa, jovens de comunidades, oferecendo perspectivas de inclusão social.




– A Cufa surgiu como uma manifestação cultural do hip hop, mas acabou ampliando as formas de expressão, conscientizando e elevando a auto-estima das camadas não privilegiadas, por meio de uma linguagem própria. Você pode falar um pouco desse trabalho com os jovens, dando enfoque para a importância da música e da cultura na formação do jovem?




– A gente tem um espaço funcionando dentro da comunidade e esse trabalho da Cufa é uma opção para o jovem. É uma forma de dar uma oportunidade para o jovem ter uma opção. Eu acho que é isso que falta hoje não só dentro das favelas mas na sociedade em geral. O jovem precisa de oportunidade, seja ele um jovem que conseguiu fazer o estudo básico, o segundo grau completo, seja ele uma pessoa que não conseguiu estudar. Esses dois jovens precisam ter uma oportunidade, de acesso a cultura, a informação, de freqüentar estágios.



– Vocês promovem essa oportunidade aos jovens por meio de que atividades?


Gizza – Temos atividades nas áreas da educação, lazer, esportes, cultura e cidadania, por meio das quais procuramos contribuir para o desenvolvimento humano e trabalhamos com vários elementos do hip hop: graffiti (movimento organizado nas artes plásticas em que o artista aproveita espaços públicos, criando uma nova identidade visual em territórios urbanos); DJ (artista que alia a técnica à performance, utilizando pick-ups e discos de vinil); break (estilo de dança de rua originário do movimento hip hop); rap (‘ritmo e poesia’, estilo musical culturalmente herdado das populações latinas e negras e cujas letras retratam o cotidiano das periferias); audiovisual (valorização da imagem como instrumento de mobilização social); basquete de rua (esporte oficialmente embalado pelo rap); literatura (onde os jovens expressam sua arte e suas vivências através da escrita e obtêm conhecimentos relativos às obras ou aos escritores literários) e projetos sociais (conjunto de ações que busca por uma). (transformação social a partir das comunidades).



– Na área do audiovisual vocês têm um trabalho reconhecido ...


Gizza – O audiovisual surgiu com a idéia de ter o registro de nossa história, das coisas que acontecem, da necessidade de registrar a informação para nós mesmos e informações futuras, para pessoas que ainda vão nascer, para registrar uma história. Ainda estamos aprendendo, fizemos o documentário Falcão (Falcão – Meninos do Tráfico é um documentário produzido pelo rapper MV Bill, pelo seu empresário Celso Athayde e pelo centro de audiovisual da Central Única das Favelas que retrata a vida jovens de favelas brasileiras que trabalham no tráfico de drogas). Além de ser uma produção independente, que se tornou popular, foi uma oportunidade para os jovens estarem mexendo com a câmera, fazendo coisas, aprendendo. Além disso, produzimos e veiculamos a cultura hip hop através de publicações, discos, vídeos, programas de rádio, shows, concursos, festivais de música, cinema, oficinas de arte, exposições, debates, seminários e outros meios.




– Vocês começaram esse trabalho aqui, na Cidade de Deus, e depois foram ampliando para outras favelas do Rio e de outros Estados. Quantas unidades da Cufa existem hoje?


Gizza – Cidade de Deus foi à primeira unidade, depois trabalhamos um tempo em Jacarezinho, mas lá a base fechou. Hoje, no Rio, tem unidades da Cufa em Cidade de Deus, no Complexo do Alemão, em Acari, e em Madureira, onde funciona o Centro Esportivo e Cultural da Cufa. Fora do Rio, temos unidades em São Paulo, no Ceará, em Belo Horizonte, no Recife, em Mato Grosso e em Brasília.O preconceito éum problema histórico




– Como foi esse trabalho de expansão?


Gizza – No começo era um movimento muito unificado (do hip hop), depois as pessoas foram criando seus núcleos, suas redes e cada um descobrindo a melhor forma de trabalhar. Eu trabalho com hip hop mas não dá para ter o mesmo pensamento do cara que mora em São Paulo, que mora no Maranhão. A gente tem que viver o hip hop na nossa realidade, no Rio de Janeiro, o funk e tal... Daí percebemos a importância de conseguir trabalhar, de criar um movimento, que fosse ligado ao hip hop e que fosse além da cultura do hip hop. Depois, na prática, descobrimos que era uma questão de se organizar, não era só ter um movimento, um núcleo.




– Como vocês trabalham com o preconceito, já que o próprio movimento do hip hop ainda sofre com o preconceito?


Gizza – O preconceito existe, pela diferenças sociais, que faz com que as pessoas se afastem, não se conheçam, cada um tem a sua prioridade, o seu privilégio. O preconceito separa as pessoas e não tem como acabar com isso, porque é um problema histórico. Mas acho que tem como fazer com que as pessoas possam ser vistas de forma diferente, que é o que todo mundo quer: ser visto de forma mais respeitosa, ser recebida nos espaços com respeito e acho que o preconceito está um pouco longe disso. A gente não está aqui para chorar, para reclamar, mas para tentar fazer mudança, de forma pacífica, que é bom para os dois lados, mas se não for possível, de forma mais agressiva porque, às vezes, não existe outra forma de fazer mudança sem ser, em alguns momentos, agressivo. Hoje a gente está muito mais aberto a conversar com todo mundo, a discutir solução, pensar em soluções. A gente não quer ficar para trás, queremos evoluir. Eu acho que os novos pensamentos estão vindo, a gente pratica isso, aprende a ser diferente, mesmo que a nossa realidade faça com que às vezes a gente seja muito agressivo, a tendência é a gente segurar essa agressividade e pensar de forma diferente.




– Você falou da importância da busca de soluções. Com a experiência do trabalho com a comunidade, quais seriam as melhores soluções, enquanto política pública, para a juventude?Gizza – No espaço que temos hoje oferecemos cultura, cursos profissionalizantes e temos como meta chegar na área da saúde, conseguir trabalhar um pouco em palestras, em projetos para dar as pessoas noção de como cuidar da sua saúde na realidade em que elas vivem, na comunidade com esgotos abertos, ensinar como se preserva a saúde da criança, do jovem, do idoso. Além das oficinas voltadas à cultura, da qual já falamos, temos um telecentro, as pessoas podem viajar no site, ter informações não só de entretenimento, mas para seus estudos e para sua área profissional. Temos também cursos profissionalizantes, como de gastronomia, produção de eventos, viabilizados em parceria com o governo federal.



– Como é a aproximação com jovens? Vocês procuram, a comunidade indica, é iniciativa do próprio jovem vir para Cufa?


Gizza – A intenção é fazer com que o jovem reconheça o espaço como um espaço dele, que ele se sinta em casa, a ponto da gente ter que botar ordem, como se aquilo fizesse parte da vida dele dentro da comunidade. O jovem se inscreve para um curso e a partir dali a nosso trabalho é fazer com que ele freqüente o espaço, as oficinas e que a gente acompanhe ele fora do espaço. Se acabar uma oficina, a nossa vontade é que ele continue freqüentando o espaço, não como um aluno, mas como uma pessoa que vai contribuir com o que aprendeu e passar para outras pessoas. Os jovens que trabalham aqui hoje, como voluntário, e os que prestam serviços, são pessoas que saíram daqui. É um diferencial, embora o jovem que tenha aprendido lá fora ele também contribui, mas o que aprendeu aqui ele serve como referência para o próprio jovem da comunidade. Nossa intenção é que o jovem acabe a oficina mas continue freqüentando o espaço como parte da vida dele, nem que venha aqui para fazer uma hora de voluntariado, duas vezes por semana. Com as crianças e adolescentes a gente tem um acompanhamento, que envolve psicólogos, psicopedagogos, assistente social, que acompanham esse jovem na escola e em casa, onde conversam com os pais para eles entenderem como é a oficina que o jovem participa. O menino que faz oficina de basquete de rua chega em casa querendo jogar bola e, às vezes, os pais reprimem e não sabem a importância que é para ele aquela atividade. Então a gente informa qual o método que usamos para esse jovem jogar basquete de rua. Ao compreender, os pais aceitam toda a demonstração, o reflexo que acontece com ele dentro de casa, que ele trouxe da oficina que ele freqüentou. É trabalhoso mas tem tido efeito.




– Freqüentar a escola é uma exigência para participar das atividades da Cufa?


Gizza – É recomendável, mas se não está a gente procura abrir espaço para essa criança. Já trouxemos jovens que não estavam estudando e, ao participar de uma oficina, voltou a estudar. Esse núcleo de pedagogas, psicólogas e assistentes sociais acaba indo às escolas e pedindo espaço para esses alunos, seja adolescente, seja criança. A gente leva de volta para a escola, é um trabalho feito em parceria com as escolas, com a família, é uma junção.



– A Cufa promove, este ano, a oitava edição do festival Hutúz. Como é participação dos jovens na produção desse festival, criado para divulgar o movimento hip hop?


Gizza – A produção e a direção são feitas pelos jovens e pela comunidade. É um festival voltado para o hip hop. Nasceu como um prêmio voltado para os artistas do hip hop, para quem fazia dança, e foi crescendo (começou em 2001). Tem um prêmio para os destaques - quem se destacou em 2007 vai aparecendo na lista, indicado por jurados. São 15 categorias que abrangem ciência, conhecimento, documentários sobre hip hop, a melhor música, etc. Tem também um festival de shows que é o Hútuz Hap Festival, que acontece no Circo Voador. São três noites que reúnem mais de 500 artistas. Tem também o seminário Hútuz, que reúne pessoas do movimento e de fora para analisar e discutir o que está acontecendo no hip hop, e temos o Hútuz Latino, que procura fazer a junção da música Rap no Brasil e na América Latina, divulgar o que está rolando, saber qual é a língua que cada um está falando, se é parecida ou é diferente. A gente acaba fazendo também da música uma discussão, é bem bacana.O envolvimento dasmulheres no tráfico.



– E qual a linguagem hoje do jovem latinoamericano?


Gizza – É muito parecido com o que a gente tem falado no Brasil, tanto nas discussões políticas, quanto nas reivindicações. Existem outras cufas... é um movimento de um monte de gente consciente, que quer fazer mudança de verdade e quer trazer novos adeptos para essa mudança. A gente está falando a mesma língua nesse sentido, estamos fazendo algo, ninguém está parado, mas procurando alguma coisa para abrir caminhos. É bom saber que o efeito de viver o inconformismo que a gente vive aqui também existe nos países vizinhos. Vamos pensar, mobilizar as pessoas para pensar, escolher os políticos certos, pensar o futuro do país, mas pensar de forma pratica, que seja bom para todos os lados. Acho que é isso. A intenção não é fazer com que melhore aqui para nós, mas fazer com que melhore para todo mundo e, se vai melhorar para todo mundo, que nós estejamos incluídos nisso também, a mobilização é em volta disso.




– Será lançado oficialmente este mês o livro “Falcão – Mulheres e o Tráfico”, de Celso Athayde e MV Bill...


Gizza – Mulheres e o Tráfico é a continuação do projeto que resultou no documentário e no livro Falcão — Meninos do Tráfico, lançado em 2006. É resultado de um trabalho do MV Bill e do Celso Athayde, que descobriram que a vida desses meninos estava ligada à trajetória de suas mães, filhas, irmãs, amigas, esposas e namoradas. Eles contam histórias de mulheres que, de alguma maneira, passaram a interagir e, em alguns casos, a integrar a indústria do tráfico de drogas e resolveram fazer esse livro mostrando a experiência e contando o que está acontecendo no Brasil. O livro foi lançado no dia 26, no Cine Odeon, no Rio, com uma mesa-redonda para discutir o envolvimento das mulheres no tráfico.




– Como você se envolveu com a Cufa, se tornou uma líder na comunidade?


Gizza – Eu sou uma mulher que era uma menina inconformada, com muitas perguntas, buscando respostas. Me envolvi em rádio comunitária com 13 anos, conheci o hip hop, que se tornou o caminho para eu fazer as coisas que eu tanto queria fazer. Eu nem sabia direito o que queria, mas tinha muitas perguntas, queria entender como era o sistema, como aconteciam as coisas, como elas se refletiam dentro da minha vida, porque a política em si refletia na minha casa, no meu bolso, na minha família. Tinha vontade de fazer parte de uma revolução... Eu vim de uma família que não era tão estrutura, perdi um irmão no tráfico de drogas, e queria aprender qual era o caminho para se ter uma família estruturada no Brasil, para melhorar a vida. Descobri que minha história não era a única, que as pessoas tinham histórias parecidas, que estava crescendo o número de jovens morrendo, de jovens se envolvendo com droga. Eu acabei encontrando um pouco de Deus, um pouco de solução, encontrei um caminho, participei da fundação da Cufa junto com o Bill e com o Celso, me envolvi com a música, gravei um disco, acabei entrando nessa luta e estou aqui com muita satisfação. O que me mantém viva é isso: a gente está em movimento, temos quatro bases funcionando, a regra é imposta por nós, temos contribuição de fora, respeitamos essas pessoas, mas a gente controla tudo, faz tudo e isso faz a diferença, a gente faz junto com a comunidade, junto com a favela.




– Do lado pessoal você conseguiu uma família mais estruturada?


Gizza – Estou casada, com dois filhos, acho que vou conseguir deixar bastante coisa para os meus filhos, uma influência, minha filha de cinco anos me acompanha e tento passar para ela essa noção... Se amanhã eu não estiver aqui, ela já sentiu o gosto de que minha mãe fazia isso, qual o propósito, vai entender um pouco. Meu filho a mesma coisa. Não é fácil dar atenção a sua família e se dedicar a Cufa, mas acho que consegui ter uma base, noção de muitas coisas que eu não tinha, achar um caminho.